Usinas estavam operando
desde outubro para garantir o suprimento energético do País
O Comitê de
Monitoramento do Setor Elétrico decidiu nesta quarta-feira (8) desligar quatro
usinas termelétricas movidas a óleo diesel que estavam acionadas desde outubro
do ano passado para garantir o suprimento energético do país.
A partir do próximo
sábado (11), serão desligadas as usinas Pau Ferro (94 megawatts - MW) e
Termomanaus (143 MW), em Pernambuco; Xavante (54 MW), em Goiás; e Potiguar I
(43 MW), no Rio Grande do Norte. Essas usinas produzem energia com custo maior.
“Daqui por diante, vamos
avaliando a necessidade de manter as que estão em funcionamento ligadas ou se
podemos, aos poucos, desmobilizando algumas. O sistema tem absoluta segurança,
não há nenhum risco, esses desligamentos que estamos procedendo é a
demonstração de que nós podemos fazer isso”, explicou o ministro de Minas e
Energia, Edison Lobão.
Segundo diretor do ONS,
usinas que serão desabilitadas são as mais caras
O diretor-geral do
Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, explicou que essas
usinas que estão sendo desligadas são as mais caras. Segundo ele, o custo de
operação das quatro termelétricas chega a R$ 260 milhões por mês, e o
desligamento dessas usinas vai representar uma redução de encargos entre R$ 80
e R$ 100 milhões mensais.
A decisão de desligar as
térmicas foi tomada porque os reservatórios do país atingiram níveis
satisfatórios. Segundo dados de hoje do ONS, os reservatórios das hidrelétricas
do Subsistema Sudeste/Centro-Oeste, onde se localizam 70% dos reservatórios de
água do país, estão com 62,69% de sua capacidade máxima. No Sul, o nível chegou
a 57,14%, no Nordeste a 49,58% e no Norte a 96,44%.
Por causa do baixo nível
dos reservatórios das usinas hidrelétricas registrado nos últimos meses, o
governo teve que acionar em outubro cerca de 14 mil megawatts de usinas
termelétricas movidas a gás natural, óleo diesel, carvão ou biomassa, que
produzem energia mais cara e são mais poluentes.
Lobão explicou que
haverá um gasto extra de cerca de R$ 2 bilhões até o fim do ano por causa do
uso das térmicas, que será repassado para os consumidores em cinco anos, com um
impacto de 3% ao ano na conta de luz. “É uma elevação quase imperceptível”,
disse. Segundo o ministro, o governo irá avaliar nas próximas reuniões do
comitê a possibilidade do desligamento de mais usinas termelétricas a diesel.
O comitê reúne
mensalmente representantes de órgãos, como o Ministério de Minas e Energia, o
Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel), a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e a Câmara de
Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
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