Foz do Rio Bacanga, São Luiz, Maranhão. O único projeto de
aproveitamento da energia das marés (maremotriz) no Brasil. O que se destaca neste sítio é a variação dos níveis das marés, de aproximadamente seis metros.
Foto: hrech
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Projeto Conceitual para geração
Maré-motriz
No
período de julho de 1977 a novembro de 1978 a Eletrobrás mobilizou algumas
empresas a estudarem aspectos distintos sobre o aproveitamento hidroenergético
do estuário, porém somente após a viagem de técnicos brasileiros à Europa e ao
Canadá em setembro de 1980, é que se elaborou o projeto conceitual para geração
maré-motriz.
Com
vista nas visitas feitas a usinas em operação, em implantação e em fábricas de
equipamentos, ficou decidido em acordo entre a Sondotécnica (Empresa
consultora contratada) e a Eletrobrás a utilização de duas alternativas:
- Grupo turbogerador bulbo;
- Grupo com gerador periférico.
A
inclusão do segundo item se deveu a alguns fatos constatados na viagem, como
por exemplo, a usina de Annapolis Royal - Baía de Fundy/Canadá apresentar
características similares as do Bacanga e utilizar geradores periféricos.
Outra situação é devido ao custo inferior aos bulbos, maior potência e
conseqüentemente maior geração de energia.
A
usina seria implantada à margem esquerda do estuário por razões geotecnológicas
e construtivas, pois teria que ser construída a "seco", com o
mínimo de interferência ao tráfego local, além de utilizar geradores da mesma
potência, com a subestação elevadora e transformadores localizados no piso
superior.
O
anteprojeto definia para a alternativa 1, o uso de 6 turbogeradores bulbo de
4500 kW funcionando em simples (geração de 56300 MWh/ano); e para
alternativa 2, três grupos periféricos de 11340 kW em simples efeito (geração
de 59600 MWh/ano), por apresentar custo inferior ao duplo efeito e contar
com a possibilidade da fabricação Nacional.
Fonte: Shigeaki Leite de Lima et all. (Projeto da Usina Maremotriz do Bacanga: Concepção e Perspectivas)
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