As notícias veiculadas ontem (25) na região afirmam que
a Força Nacional veio para uma operação de combate ao garimpo ilegal no rio
Tapajós. Porém, segundo informações levantadas, o real motivo da presença
militar é dar segurança as equipes que estão fazendo estudos para as barragens
previstas na região, sobretudo a usina hidrelétrica São Luiz Tapajós.
O MAB repudia a atuação do Estado brasileiro, que no
processo de licenciamento do Complexo Tapajós, ao invés de abrir um canal de
diálogo com o conjunto da sociedade para discutir os reais impactos sociais e
ambientais das barragens, coloca a força militar para intimidar a população.
É necessário que haja transparência sobre este projeto
para que as famílias ameaçadas não sejam novamente violentadas no seu direito à
informação. É preciso que o governo seja claro sobre a situação dos povos
indígenas ameaçados, além de dizer para quê e para quem será a energia que
querem produzir nestas águas.
Portanto, contamos com uma atitude de respeito do
governo federal com a população e que este dialogue de forma honesta, sem
truculência e intimidação, comuns aos que defendem os interesses de grandes
empresas.
Afirmamos que continuaremos no processo de organização
popular buscando envolver toda a população do campo e da cidade em um processo
de debate público contra a construção de grandes empreendimentos que, nós
sabemos, não está serviço do povo brasileiro.
Queremos, por fim, chamar os trabalhadores a construir
alternativas de desenvolvimento que tragam dignidade para o povo e não
destruição da natureza e multiplicação da pobreza. Assim, prosseguiremos contra
todas as formas de intimidação que possam surgir porque a segurança de nossa
luta está nas mãos do povo organizado.
Fonte: MAB
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